NITERÓI E SEU POTENCIAL PARA O ECOTURISMO
A 14 quilômetros do Rio de Janeiro, Niterói é destino fácil para quem chega a esta que é uma das principais portas de entrada do Brasil. A localização geográfica, no entanto, não é o único trunfo do município quando o assunto é o turismo. Entre montanhas e o mar, nossa cidade conta paisagens exuberantes e mais de 50% de seu território preservado por meio de um decreto municipal.
Trata-se de um expressivo capital natural, um potencial para o ecoturismo que, cada vez mais, se apresenta como oportunidade de preservação e de geração de emprego e renda. Esta é uma tendência que ganha ainda mais força neste período pós-pandemia, quando o desenvolvimento econômico com sustentabilidade e inclusão social se mostra ainda mais importante.
Atualmente, a Rede de Trilhas de Niterói está entre as melhores do Brasil. O município possui trilhas de longo curso (TLC), que são pertencentes à Rede Brasileira de Trilhas (Portaria 407/2018). Há opções para trekking, escalada, mountain bike e para prática da educação ambiental. A cidade também conta com rotas acessíveis no Parnit, pilar formador da maior trilha do Brasil que, com cerca de 9 mil quilômetros, ligará o Oiapoque ao Chuí.
Outra importante característica de Niterói é um voluntariado forte e atuante na cidade, que garante trilhas sinalizadas e manejadas, que proporcionam segurança para moradores e visitantes. Hoje, temos 250 pessoas colaborando, reafirmando a boa experiência que o município tem com o trabalho voluntário em diferentes áreas.
Ciente das oportunidades inseridas neste contexto, a Prefeitura de Niterói tem um olhar especial voltado para suas trilhas. Em 2018, em parceria com o município de Maricá, o Município criou a Rota Charles Darwin, que conecta unidades de conservação (Parnit e Peset) e atrativos de grande relevância (MAC, Ilha da Boa Viagem, entre outros). São 28km em Niterói e 70 km no total.
Em 2020, foi instituído o Sistema de Sinalização de Trilhas de Niterói (NitTrilhas) para auxiliar a orientação dos usuários nos trajetos. No mesmo ano, foi lançado o Guia de Trilhas de Niterói, produto que contempla as 45 trilhas, que foram listadas de acordo com a metodologia Femerj. A ferramenta está disponível nas versões impressa e online, em que o usuário tem informações georreferenciadas que potencializam o uso público das áreas protegidas da cidade.
Niterói é ainda o único município que possui destaque na plataforma “Passaporte de Trilhas”. Nossa cidade possui papel fundamental com a conexão da Trilha Transcarioca, que atualmente termina no Morro da Urca. A expectativa é de que seja estendida até a Praça XV para conexão com a Rota Darwin, que começa na Praça Arariboia, no Centro de Niterói, e os outros municípios deste lado da Baía de Guanabara na construção da maior trilha da América do Sul.
E não vamos parar por aí. Em 2023, Niterói sediará o próximo Congresso Brasileiro de Trilhas, que este ano acontecerá em Goiânia. Nossa cidade se manterá atenta e atuante para aproveitar as oportunidades inseridas neste eixo do turismo, um dos pilares de nossa estratégia para impulsionar o desenvolvimento baseado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
POTENCIAL DO BRASIL – Um relatório do US News & World Report, divulgado na última semana, listou o Brasil como principal destino de aventura do mundo entre 78 nações. Nos quesitos avaliados, de um total de 100 pontos, o país superou a marca de 80 pontos em categorias como clima, cenário e diversão. A posição de destaque confirma o potencial do Brasil no cenário pós-pandemia, impulsionado pelo turismo de natureza, grande diferencial do país.
Em muitos países, as unidades de conservação são reconhecidas como um patrimônio, um potencial a ser utilizado de forma sustentável em benefício da população. No Brasil, ao contrário, estas áreas ainda são encaradas como sinônimos de gastos de recursos públicos. Como vice-presidente de ODS da Frente Nacional de Prefeitos, tenho me empenhado em incentivar outros municípios a investir em ações que busquem a geração de emprego e renda com preservação do meio ambiente e mitigação da emissão de gases do efeito estufa. Trata-se de um caminho sem volta. Ou trilhamos o caminho da sustentabilidade ou, simplesmente, não teremos caminho.